Reforma Tributária e Simples Nacional: o que muda para empresas de coworking e escritórios virtuais com faturamento de R$ 100 mil
Análise detalhada dos impactos da nova tributação para empresas com faturamento de R$ 100 mil
A recente reforma tributária no Brasil traz importantes mudanças para as empresas optantes pelo Simples Nacional, especialmente para aqueles negócios como coworkings e escritórios virtuais, cujo faturamento mensal gira em torno de R$ 100 mil. Neste artigo, mostramos como essas alterações podem impactar a carga tributária dessas empresas, ajudando contadores e gestores a se prepararem para o novo cenário.
Entendendo o novo modelo tributário
Com a reforma, vários tributos tradicionais como ISS, PIS, Cofins, entre outros, serão substituídos pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), formando um sistema denominado IVA Dual. Essa mudança tem o objetivo de simplificar a tributação e criar um ambiente mais transparente, mas também traz desafios para o Simples Nacional.
Impactos para coworkings e escritórios virtuais no Simples Nacional
O Simples Nacional continuará a existir, porém com ajustes necessários para se adequar ao novo sistema de IBS e CBS. Empresas com faturamento médio de R$ 100 mil, como coworkings, enfrentarão duas possibilidades dentro do novo modelo:
Simples Nacional Tradicional: A carga tributária permanece próxima aos níveis atuais, mas empresas que atendem principalmente clientes B2B podem sofrer queda na competitividade, pois a concessão de créditos tributários para seus clientes será limitada.
Simples Nacional Híbrido: Neste modelo, além do DAS, a empresa recolherá IBS e CBS separadamente, o que pode aumentar a carga tributária (estimada entre 9% a 12% do faturamento). Por outro lado, esse regime possibilita a geração de créditos tributários integrais para clientes, importante para negócios B2B.
Simulação prática para faturamento de R$ 100 mil
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			 Cenário  | 
			
			 Carga Tributária Estimada  | 
			
			 Impacto  | 
		
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			 Situação atual  | 
			
			 6% a 8% sobre o faturamento  | 
			
			 Tributos atuais do Simples, incluindo ISS e PIS/Cofins  | 
		
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			 Após reforma - Tradicional  | 
			
			 Próximo ao atual, sem aumento  | 
			
			 Pode reduzir créditos para clientes B2B  | 
		
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			 Após reforma - Híbrido  | 
			
			 9% a 12%, maior custo tributário  | 
			
			 Geração e uso integral de créditos tributários  | 
		
O que o contador precisa considerar
O principal desafio para contadores e gestores será a análise e a escolha do melhor regime dentro do novo Simples. É essencial simular o impacto real da reforma considerando:
- Perfil dos clientes (B2B ou B2C)
 - Volume e natureza dos serviços prestados
 - Competitividade do negócio e capacidade de repassar custos
 
Conclusão
A reforma tributária traz novidades que podem tornar o Simples Nacional mais complexo para empresas de coworking e escritórios virtuais com faturamento na casa dos R$ 100 mil. Para esses negócios, preparar-se com simulações detalhadas e assessoria contábil qualificada será fundamental para manter a saúde financeira e competitividade no mercado.
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